Parada Obrigatória: 9 Dicas para Lidar com Situações que te Paralisa

O Que Aprendi Nesta Semana de Parada Obrigatória

Nunca esperamos que algo inesperado, principalmente, que vai nos paralisar aconteça, não é verdade?

Acredito que sim! A maioria das pessoas marcam seus compromissos contando que sempre estarão disponíveis para realiza-los.

No geral, também penso assim, até por que não sou uma pessoa pessimista e ainda considero que minha saúde, tanto física, quanto emocional vai bem – obrigada.

Até que de repente, algo – que está fora dos nossos planos e do nosso controle acontece!

Certo? Errado? Apenas possibilidades…

Vamos aos fatos:

Estava em casa, perto da hora de dormir , assistindo um filme. Quando ele acabou, levantei-me do sofá e tinha a intenção de caminhar até a cozinha e me preparar para dormir.

Eis que ao dar três passos, meu pé que estava no ar, não sei como, pois tudo aconteceu em frações de segundos, torceu e senti uma dor absurda.

Aqui já começaram meus aprendizados e digo mais, já comecei a colocar em prática meus conhecimentos – aqueles que normalmente ensino para meus clientes e até para meus amigos.

Naquele momento, apesar da intensa dor, consegui prestar atenção na minha respiração que estava deveras ofegante.

Respiração: Primeiro Aprendizado Colocado em Prática

Respiração!!!

Para quem não sabe, quando sentimos uma dor intensa, seja ela emocional ou física, a primeira reação, como medida de proteção para bloquear a sensação de dor é travar a respiração.

Consciente de como ela estava, sentei-me no chão mesmo e dividi minha atenção entre a dor e a respiração.

Permaneci, mais ou menos, 10 a 15 minutos respirando o mais profundamente que consegui.

Em alguns momentos, me distrai da respiração e percebi que havia feito isto, pois a dor voltava a ficar mais forte.

Apenas com a respiração consegui amenizar a dor, ao ponto dela se tornar suportável.

Contar com Alguém: Segundo Aprendizado Colocado em Prática

Como eu estava sozinha em casa, achei por bem comunicar alguém e assim o fiz.

Isto não interfere na dor, mas saber que podemos contar com alguém quando precisamos, nos auxilia a lidar de maneira mais positiva com a situação como um todo.

Devido ao horário, não quis ir para o pronto socorro. E, também por que não tinha real consciência da gravidade da lesão.

Mas, caso a dor piorasse durante a noite, sabia que podia contar com alguém e isto também me deixou mais tranquila e me senti acolhida.

Meditação: Terceiro Aprendizado Colocado em Prática

Deitei-me e coloquei a bolsa de gelo.

Enquanto esperava que ela agisse, aproveitei para meditar. Novamente me conectando com a respiração.

A meditação, entre inúmeros benefícios, proporciona centramento, clareza mental, emocional e relaxamento. Facilitando o meu adormecimento.

Para saber mais sobre meditação, leia este artigo http://www.psicosomar.com.br/meditar-pausar-e-preciso/

Apoio Emocional: Quarto Aprendizado Colocado em Prática

Na manhã seguinte, acordei ainda com muita dor, ao ponto, de não conseguir colocar o pé no chão.

Novamente, usei os recursos acima: meditação, bolsa de gelo e pedi para ser acompanhada até o hospital.

Até pensei em ir sozinha, mas tem situações que não precisamos viver sós, por mais que o outro não possa tirar (literalmente) a nossa dor, mas pode oferecer seu apoio  emocional e sua companhia que, ao meu ver, são de suma importância.

Cheguei no pronto socorro!

Paciência: Quinto Aprendizado Colocado em Prática

A arte de praticar a paciência.

Mesmo com o hospital vazio, o atendimento – e todo procedimento – demorou.

Não adiantava eu me estressar ou ter pressa, afinal, isto era uma questão de escolha e eu não precisava piorar ainda mais minha experiência.

Assim como a meditação baixa os níveis de cortisol, o estresse e a impaciência, o elevam, fazendo com que o quadro de dor piore.

E, o que eu menos queria ali naquele momento era sentir mais dor.

Meu celular estava com pouca bateria, por isto não podia usa-lo como distração.

Então aproveitei para colocar em prática mais um conhecimento:

Viver o momento presente – de corpo e alma presentes! E foi o que eu fiz tranquilamente.

Por fim, foi necessário imobilizar, seguido da recomendação em letras garrafais: REPOUSO ABSOLUTO – nada de por o pé no chão por 5 dias.

O Susto e o Alerta: Sexto Aprendizado

Como não quebrou nada, meu tico e teco (é como me refiro carinhosamente aos meus neurônios) demorou um pouco para processar a informação.

Mas, entendi!!!!

A questão aqui não era a parte óssea, mas sim, os ligamentos e tendões, que se expostos ao impacto do andar / pisar “erroneamente” poderia causar um estrago muito maior.

Por isto o alerta:

Se você passar por uma situação de torção, mesmo que não acredite que seja nada sério, não custa consultar um médico para avaliar corretamente e indicar o melhor tratamento.

Talvez os Maiores Aprendizados Comecem Agora

Cheguei em casa e era hora de decidir como eu passaria esta semana.

A priori, eu tinha duas escolhas:

Uma e a principal!

Aceitar.

Mas não aquele aceitar da boca para fora, ou o clichê: aceita que dói menos.

Mas o aceitar de corpo e alma. O aceitar verdadeiramente a parada obrigatória!

E, aplicar todo meu conhecimento para lidar o melhor possível com os dias que ficaria de molho.

Eu até poderia ficar chateada, entediada e reclamando, resmungando do porquê isto foi acontecer justo comigo…

Porém não ia desperdiçar minha preciosa energia e tempo com lamentações.

Até por que, quem sofreria as consequências desta escolha seria eu mesma. E, sinceramente, desnecessário.

Além do mais, hoje, já é comprovado cientificamente o quanto nosso estado emocional e de humor influenciam na recuperação.

Aceitar, neste caso, também envolvia lidar com o imprevisto e mudar radicalmente tudo que eu já havia programado para esta semana – desde compromissos profissionais com meus clientes, até os pessoais.

O interessante é que quando aceitamos de verdade, o véu diante dos nossos olhos cai, e se abre uma possibilidade quase que infinita para lidarmos positivamente com as mudanças que são necessárias.

E, o melhor de tudo isto, é que o outro – seja a família, amigos e até os clientes se dispõem a colaborar para que sua semana, ou melhor, minha minha recuperação tenha sido boa!

Como Utilizei o Meu Tempo nesta Parada Obrigatória

Fiz de tudo um pouco literalmente!

Descansei: não sei se o universo queria que eu parasse, mas já que parei, decidi que uma parte do tempo seria para o descanso, sem culpa nenhuma.

Coloquei a leitura em dia: que maravilha!!! Fazia algum tempo que não conseguia ler por mais de 30 minutos seguidos.

Li um livro inteiro e iniciei outro sobre autoconhecimento e estou no segundo!

O primeiro foi O Milagre da Manhã e o segundo é O Poder do Hábito.

Depois falarei sobre eles, mas não aqui, porque não é este o foco.

Preparei material para o meu Instagram @psicóloga_marcela.merli. Inclusive, se você ainda não me segue, a hora é agora!

Os clientes que quiseram, atendi online.

Terminei de assistir o seriado La Casa de Papel, que por sinal recomendo! Ele traz algumas reflexões interessantes. Mas fica tranquilo que não vou dar spoiler.

Tive minha crença reforçada do quanto sou feliz por ter pessoas maravilhosas ao meu redor! Sempre é bom ativar esta percepção, mesmo que desta vez tenha sido numa parada obrigatória, rsrs.

Assisti minhas vídeo aulas com calma e atenção.

Fiz apenas uma coisa por vez e foi ótimo.

Claroooo, não posso esquecer de dizer que meditei todos os dias, como sempre faço. Começo meu dia meditando e agradecendo!

Ah, escrevi este texto para compartilhar minha experiência com vocês!

Independente do Que Fiz, o Que Mais Importa Foi Como Eu Fiz!

Fiz tudo com a mente calma, com clareza, foco e conectada com a minha essência.

Consciente de que independente da escolha do que eu faria em cada momento, faria também com o coração aberto e tranquilo.

Posso afirmar que vivi o momento presente em cada momento, em cada situação.

E, fazer as coisas desta forma, fez toda a diferença para que meus dias fossem leves e felizes.

E, apesar de ser uma parada obrigatória, pois não foi uma decisão consciente torcer o pé e ficar imobilizada, pude decidir como eu viveria estes dias.

Constatei novamente, que a felicidade está onde colocamos nossa energia e decidimos que ela esteja!

Se você gostou deste texto e conhece alguém pode se beneficiar com ele, peço que compartilhe! 😉